20 novembro 2012

"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo".

Aqui vão mais umas informações sobre a nossa autora:


"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."



Em Maio (1976), corre o boato de que a escritora não mais receberia jornalistas. José Castello, biógrafo e escritor, nessa época trabalhando no jornal "O Globo", mesmo assim telefona e consegue marcar um encontro. Após muitas idas e vindas é recebido. Trava então o seguinte diálogo com Clarice:

J.C. "— Por que você escreve?

C.L. "— Vou lhe responder com outra pergunta: — Por que você bebe água?"

J.C. "— Por que bebo água? Porque tenho sede."

C.L. "— Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva."

http://www.releituras.com/clispector_bio.asp

“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”



"... eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade."



Uma muito jovem Clarice Lispector:

«(...) o baton escurecido em mancha velha de sangue, o rosto esbranquiçado sob os cabelos...(...)» in Perto do Coração Selvagem

17 novembro 2012

CLARICE EM LISBOA

 
Veronica Lake (1922-1973), actriz de Hollywood

"Imaginem que os portugueses, quando eu passo, dizem: B'ronica Lake (Verônica Lake)... Sair do Brasil para ouvir isso..."

De uma carta de Clarice Lispector - com data de Lisboa, 7 de Agosto de 1944 - para as irmãs Elisa e Tânia (Minhas Queridas, Rio de Janeiro, Editora Rocco, 1977, p. 41).

16 novembro 2012

OUTROS CAMINHOS

Um dinâmico sector da nossa Comunidade, ontem, na Casa da Horta (Biblioteca Municipal de Cascais), após uma sessão de leitores à volta de “Werther” de Johann Wolfgang von GOETHE.

04 novembro 2012

50 LIVROS bis

50 livros! Ainda me faltam uns quantos, mas vou fazendo pela vida... Algures por aí com um sumo de uva e as Confissões do bispo de Hipona.